Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja. Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, ......que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas – porque tenho uma mente fértil e delirante – e porque posso achar errado – e ter que me desculpar – e detesto pedir desculpas, embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia. Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crer que é para sempre quando eu digo convicto que nada é para sempre.
- adoro ter a minha mão sobre os teus joelhos enquanto conduzo; - adoro as tuas risadas; - adoro quando te atrasas para irmos tomar o pequeno-almoço; - adoro quando estás deitada perto de mim, dentro do meu abraço; - adoro a tua cara de felicidade - adoro os teus olhos, a tua boca, as tuas mãos, e a tua preocupação com as unhas partidas; - adoro os teus gostos musicais; - adoro a tua sensibilidade ao andares pelas ruas de Sintra à noite, e depois resultarem numas lágrimas e num abraço forte; - adoro a tua cara estranha a comer um pastel de nata; - adoro o teu corpo disponível para mim; - adoro a tua energia física para nunca te cansares em não dormires, em passeares, e no fim da noite ainda teres capacidade para começar de novo; - adoro ter um cabelo teu dentro do meu caderno de apontamentos; - ADORO-TE
Diziam que eu estava com um gênio ruim ao meu lado, que me pesava a alma e o espírito. Então pensei: se estou possuída, posso fazer valer esta possessão. Sendo assim, em vez de descer aquelas escadarias, pulei. E que sensação boa aquela de, apesar de estar presa por aquilo, poder experimentar o poder que, por isso, me foi dado! Pairei no ar à espera de chegar ao chão.